Após ser absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador e ex-juiz federal da Operação Lava Jato Sergio Moro (União Brasil-PR) pontuou em seu perfil no X, antigo twitter, que seu julgamento foi "técnico" e "independente" e classificou como "boatos exagerados" a possível cassação de seu mandato.
No que concerne à continuidade de seu mandato no Senado Federal, o político disse que seguirá honrando a confiança dos seus eleitores e defendendo os interesses do Paraná e do Brasil. Ainda em sua página no X, o ex-ministro de Jair Bolsonaro classificou como mentirosas e falsas as acusações levantadas pelo PT e PL, de que ele havia cometido abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e suspeita de "caixa 2" durante sua campanha em 2022.
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"Os boatos sobre a cassação de meu mandato foram exagerados. Em julgamento unânime, técnico e independente, o TSE rejeitou as ações que buscavam, com mentiras e falsidades, a cassação do meu mandato. Foram respeitadas a soberania popular e os votos de quase dois milhões de paranaenses. No Senado, casa legislativa que integro com orgulho, continuarei honrando a confiança dos meus eleitores e defendendo os interesses do Paraná e do Brasil", disse em sua conta na rede social.
A decisão
Nesta terça-feira, 21, por unanimidade, o TSE decidiu por manter a absolvição de Moro, o que o livrou de 8 anos de inelegibilidade. O placar do julgamento, que durou quatro horas, foi de 7 votos a 0 contra a cassação do lavajatista. Os ministros seguiram a manifestação do relator Floriano de Azevedo Marques, que abriu a votação contra a cassação. O magistrado foi seguido pelos colegas Alexandre de Moraes, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Raul Araújo e Isabel Gallotti.
A decisão do TSE ainda permite recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, as possibilidades de contestação são limitadas, o que deve encerrar o caso no TSE. Além desse caso, Moro enfrenta outro processo. No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ele responde a uma reclamação disciplinar devido à gestão dos recursos obtidos nos acordos de leniência da Lava Jato. Um relatório da 13ª Vara Federal de Curitiba aponta possível crime na gestão dos valores arrecadados.