🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Lula inaugura universidade inacabada em São Paulo e é cobrado por aluna

Publicado 06.07.2024, 04:15
Atualizado 06.07.2024, 07:40
© Reuters Lula inaugura universidade inacabada em São Paulo e é cobrado por aluna

Em uma tenda improvisada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira, 5, da inauguração do novo câmpus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na cidade de Osasco. A obra, no entanto, que já consumiu investimentos de mais de R$ 900 milhões, não está concluída e o petista foi cobrado por uma aluna do terceiro ano do curso de Direito, Jamile Fernandes, pelo empreendimento inconcluso.

Conforme a aluna, a inauguração de ontem contemplava apenas metade do projeto. "A obra não está concluída. O que está sendo inaugurada hoje (ontem) é apenas metade da obra. Faltam moradias estudantis, restaurante e auditórios. A universidade não é verdadeiramente nossa, do corpo discente apenas 8% são de alunos negros. Temos de trabalhar com a realidade", disse Jamile.

A construção dessa unidade havia sido prometida pelo próprio petista em 2008, mas só agora as obras principais estão concluídas. Os cursos do câmpus de Osasco começaram a funcionar em 2011, em um prédio cedido pela prefeitura da cidade. Agora ficaram prontos os edifícios acadêmico e administrativo da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (Eppen) do novo câmpus, em Quitaúna, mas ainda falta a conclusão da biblioteca.

Reuni

A pedra fundamental dessa unidade foi colocada por Lula no terreno em 2008, quando ganhava força um programa de expansão da rede federal de ensino superior, o Reuni. No seu segundo mandato, as unidades federais cresceram e se interiorizaram.

Essa ampliação, no entanto, sofreu críticas, incluindo de parte dos professores e alunos, pelas restrições de estrutura e por atrasos em obras. A Unifesp foi uma das instituições que se expandiram, com a criação de unidades em mais cidades, como Guarulhos e Diadema, e na Baixada Santista.

O contrato para o câmpus Quitaúna foi assinado apenas em 2016, com prazo previsto para a construção do prédio de 18 meses. As obras, porém, duraram oito anos.

No total, o projeto custou R$ 102 milhões. O espaço atenderá 1,4 mil alunos, com salas de aula, auditórios, restaurante universitário, laboratórios, entre outras estruturas acadêmicas e estudantis. A biblioteca, cuja construção começou em 2022, deve ficar pronta só no ano que vem.

Em sua breve fala durante o evento, o ex-ministro da Educação e atual titular da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu a cobrança da aluna da Unifesp, alegando que a construção de universidades não tem fim. "A USP (Universidade de São Paulo) até hoje está sendo construída, prédios estão sendo construídos e professores sendo contratados", disse Haddad se dirigindo à aluna. Ele fez um relato sobre a implantação de universidades federais em São Paulo, Estado que já era bem servido por universidades e faculdades, durante os governos do PT.

"O presidente Lula me disse que era importante a presença de universidades federais em São Paulo porque São Paulo não tinha o sentimento de pertencimento", disse Haddad. "Aqui só se falava em Rodoanel, que até hoje não está concluído, apesar dos recursos enviados pelo governo federal", declarou o ministro.

Nas redes sociais, Lula criticou os governantes que lhe sucederam e atribuiu a demora das obras a "irresponsabilidades" e "falta de vontade". Entre os presidentes desse período, está sua sucessora e aliada petista, Dilma Rousseff.

'Aporte'

Em nota, a Unifesp informou que nos anos seguintes a 2016 "houve aporte de recursos pontuais sobretudo de emenda de bancada e emendas individuais, o que possibilitou que a obra não parasse, mesmo no período de pandemia". Em 2023, conforme a instituição, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o recurso de R$ 18 milhões para a obra, "o que possibilitou a finalização dos edifícios acadêmico e administrativo do câmpus Osasco da Unifesp".

Procurado pela reportagem, o MEC não havia se manifestado até a publicação deste texto. O espaço segue aberto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.