BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o quinto voto favorável para a tese de que a corte precisa do aval da Câmara dos Deputados ou do Senado para decretar medidas cautelares que restrinjam a atuação de um parlamentar, como um afastamento dele de suas atividades legislativas.
A decisão a ser tomada pelo Supremo terá repercussão direta no caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), afastado pela segunda vez este ano das suas atividades legislativas em julgamento na 1ª Turma do STF.
Até o momento, além de Marco Aurélio, os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes manifestaram-se no sentido da necessidade de autorização do Legislativo para a imposição de cautelares a parlamentares.
Por outro lado, outros quatro ministros votaram no sentido de que o STF não precisa submeter qualquer decisão cautelar a uma autorização posterior de cada uma das Casas Legislativas. Nesse sentido votaram os ministros Edson Fachin, relator do caso, Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.
(Reportagem de Ricardo Brito)