RIO DE JANEIRO (Reuters) - O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, reiterou nesta sexta-feira que a proposta de reforma previdenciária dos militares será entregue ao Congresso em 20 de março, conforme a promessa original do governo.
Segundo Marinho, que participou de evento da FGV no Rio de Janeiro, a proposta de reforma da Previdência das Forças Armadas, que ainda não foi finalizada, deve incluir um aumento no tempo de serviço e da contribuição dos militares.
Sobre eventuais concessões para militares na reforma, Marinho afirmou: "Se houver entidade que tenha algum benefício especial será preciso mostrar quanto isso vai custar e que isso vai significar menos investimentos em casas populares e na saúde“.
O secretário destacou ainda que a Previdência para a Polícia Militar e os Bombeiros terá as mesas regras dos militares, o que dará alívio aos Estados.
O governo federal ainda apresentará no dia 20 um projeto de lei contra devedores contumazes da Previdência, de acordo com Marinho.
"O ajuste fiscal com a Previdência será a última janela sem avançar sobre direitos adquiridos", disse.
A proposta geral de reforma da Previdência do governo do presidente Jair Bolsonaro já foi enviada ao Congresso, mas líderes parlamentares têm dito que o texto só vai avançar na Casa após o envio pelo governo de proposta com alterações na aposentadoria dos militares.
"Nunca vi um clima e um ambiente tão bons no Congresso para votação de projetos, e esse é o momento para aprovar a nova Previdência", disse Marinho.
(Por Rodrigo Viga Gaier)