SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que ainda há questões indefinidas sobre a reforma da Previdência, citando como exemplo o acúmulo de benefícios.
"Discute-se a possibilidade de acúmulos de benefícios até um determinado valor. Tudo isso ainda não está definido. E isso está sendo discutido pelo relator com parlamentares no dia de hoje", afirmou Meirelles a jornalistas.
O parecer do relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), será apresentado na quarta-feira às 9h. O texto final depende de pequenos detalhes que serão acertados pelo governo com a base aliada.[nL1N1HQ0TM]
O esboço prevê idade mínima para aposentadoria menor para mulheres e trabalhadores diferenciados e menos tempo de contribuição para receber a aposentadoria integral a que cada um tem direito.
Durante evento em São Paulo, Meirelles afirmou que a expectativa é de que a reforma atenda aos requisitos apresentados pelo governo.
"Apenas não havendo o cumprimento dos objetivos para a reforma da Previdência teríamos necessidade de pensar sobre medidas complementares", explicou ele, afirmando que o governo não está neste momento pensando em aumentar impostos.
Durante apresentação, o ministro destacou que a reforma tributária deverá ser apresentada no segundo semestre e votada antes do final do ano.
Segundo ele, o maior risco diante da recuperação econômica do Brasil é as reformas não serem aprovadas, mas a reunião do presidente Michel Temer com parlamentares governistas nesta manhã "nos deu maior confiança de que a reforma da Previdência deve ser aprovada."
(Reportagem de Thais Freitas)