Investing.com - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ainda não desistiu de viabilizar sua pré-candidatura à presidência da República, deixando claro que a decisão será tomada até o começo de abril, data limite para deixar o cargo para poder concorrer nas eleições de outubro.
Em entrevista à rádio Bandeirantes nesta quinta-feira, Meirelles não descartou a possibilidade de compor uma chapa com o atual presidente Michel Temer, deixando claro que cabe ao presidente a decisão se irá ou não disputar o pleito e que qualquer composição de chapa dependerá disso.
Inicialmente, a intenção de Meirelles era lançar sua candidatura pelo PSD e conquistar apoios entre os partidos para conseguir tempo na televisão. Vendo seu nome com pouca penetração popular nas pesquisas, o ministro tem em mente que precisa de mais tempo na TV, por isso estaria negociado a mudança para o MDB. No entanto, antes da mudança de sigla, Meirelles quer ter a garantia que será o nome escolhido ao Planalto.
Outra possibilidade que surgiu nas últimas semanas seria de Meirelles ser vice na chapa com Geraldo Alckmin (PSDB). Neste caso, ele mudaria para o MDB, que apoiaria o governador de São Paulo, sendo a candidatura oficial do governo. O acordo envolveria também a indicação de Gilberto Kassab (PSD) para ser vice na chapa de João Doria na disputa do governo de São Paulo.
No entanto, Meirelles já deixou claro que não planeja ser vice e que não conversou com o governador paulista sobre uma possível aliança. Kassab também declarou que não pretende apoiar Doria e que deseja disputar o estado como candidato a governador por seu partido.
Entre os possíveis nomes aliados ao governo, o do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já foi lançado oficialmente pelo DEM. O partido busca costurar apoios e alianças para viabilizar o nome, que é lembrar por menos de 1% do eleitorado nas pesquisas de intenção de voto. Caso a legenda desista de Maia, a sigla passa a ser um fiel da balança importante para as candidaturas de Meirelles e Alckmin.
Com Reuters.