BRASÍLIA (Reuters) - Analistas de mercado melhoraram as expectativa para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) em 2017, com aumento na arrecadação e ligeira queda nas despesas, mas ainda enxergam que o governo não vai conseguir cumpria a meta fiscal deste ano.
A perspectiva agora é de rombo de 142,052 bilhões de reais, frente a 148,036 bilhões de reais previstos em maio, segundo relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta terça-feira, pela mediana dos dados levantados até o início de junho.
A cifra segue extrapolando a meta de déficit primário de 139 bilhões de reais para 2017. Será o quarto ano seguido que o governo não consegue economizar para pagar juros da dívida pública.
Por trás da melhora, ainda segundo o Prisma, está a previsão de maior arrecadação federal neste ano, a 1,346 trilhão de reais, sobre 1,342 trilhão de reais antes, e despesas totais mais contidas, com 1,290 trilhão de reais frente a 1,295 trilhão de reais anteriormente.
Para 2018, as contas foram pioradas para déficit primário de 127,446 bilhões de reais, contra 125,124 bilhões de reais antes. Nesse caso, contudo, a projeção continua dentro da meta estipulada de rombo de 129 bilhões de reais, segundo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Em relação à dívida bruta, houve pequenas alterações para 2017, indo a 75,47 por cento, sobre 75,44 no relatório anterior. Para 2018, a estimativa passou a 78,60 por cento, contra 78,50 por cento.
(Por Marcela Ayres)