🧠 Copie as carteiras dos Bilionários com um cliqueCopie grátis

Ministro da AGU diz que Dino foi corajoso ao tirar da meta fiscal gastos para combate a incêndios

Publicado 15.09.2024, 17:15
© Reuters Ministro da AGU diz que Dino foi corajoso ao tirar da meta fiscal gastos para combate a incêndios

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de autorizar o governo Lula a tirar as despesas decorrentes de ações para o enfrentamento às queimadas do limite de gastos do arcabouço e da meta fiscal foi vista com bons olhos pela Advocacia-Geral da União (AGU).

"O ministro Dino endereçou de forma adequada e justa a questão da regra fiscal aplicável ao reconhecer a excepcionalidade da emergência climática que o Brasil está enfrentando", disse ao Estadão/Broadcast o ministro-chefe da AGU, Jorge Messias. "Trata-se de uma decisão corajosa e necessária do Supremo Tribunal Federal, que certamente auxiliará o governo nas inúmeras ações que já estão em curso."

Como antecipou o Estadão/Broadcast na sexta-feira, 13, Dino já havia dado sinais de que pretendia permitir ao Executivo abrir créditos extraordinários para o combate ao que classificou como "pandemia de incêndios florestais". Com isso, autorizou a administração federal a realizar despesas fora das restrições de gastos estabelecidas pelo arcabouço.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai editar uma Medida Provisória abrindo crédito extraordinário para reforçar as ações de enfrentamento aos incêndios no País. O valor ainda não está definido, mas a expectativa é de que seja no mínimo de R$ 500 milhões. O fogo começou no Pantanal e na Amazônia, mas a devastação se alastrou para outros Estados, como São Paulo, atingindo 58% do território brasileiro.

Embora a consultoria jurídica da AGU no Ministério do Planejamento tenha sustentado que "eventual crédito extraordinário aberto para prevenção e combate a queimadas (...) impactará o resultado primário do exercício", Messias pretendia entrar com petição no STF, nesta segunda-feira, 16, esclarecendo essa leitura.

No entendimento da AGU, se fosse aberto crédito extraordinário para ações de enfrentamento aos incêndios sem uma decisão judicial que autorizasse a realização de despesas fora dos limites do arcabouço, o governo seria forçado a cortar gastos que já foram muito reduzidos ou até mesmo ajustar a meta fiscal.

O Estadão/Broadcast apurou que Messias não entrará com outra manifestação por avaliar que a decisão de Dino resolveu o assunto. Na semana passada, a AGU também destacou que, no caso do pagamento de precatórios (dívidas decorrentes de sentenças judiciais), o Supremo já havia determinado que o cumprimento da decisão dispensasse a "observância de quaisquer limites legais e constitucionais ou condicionantes fiscais, financeiras ou orçamentárias aplicáveis para o pagamento".

Com aquela decisão do STF, que derrubou a chamada PEC dos Precatórios, o governo Lula regularizou o pagamento de R$ 90 bilhões em precatórios, no ano passado, e adotou novos procedimentos para contabilizar essas despesas dentro do arcabouço fiscal.

Antes, a proposta de emenda constitucional que havia sido aprovada no governo Bolsonaro adiava esse desembolso, criando um teto para a quitação dos precatórios.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.