(Reuters) - O secretário-executivo do Programas de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo Temer, Moreira Franco, negou neste sábado que tenha pedido dinheiro ao ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho, conforme reportagem da nova edição da revista Veja.
A reportagem diz que o pedido não seria relativo à doação eleitoral porque em 2014, quando teria ocorrido, Moreira Franco não disputou nenhum cargo eletivo. Diz também que Melo Filho não explicou em delação qual o motivo que o levou a fazer o pagamento ao peemedebista, que era ministro da Secretaria de Aviação Civil no governo Dilma.
Mas, segundo a reportagem, advogados da Odebrecht dirão que a propina era para Moreira Franco garantir que um terceiro aeroporto em São Paulo não saísse do papel.
Em declarações no Twitter neste sábado, Moreira Franco negou que tenha conversado sobre dinheiro com Melo Filho e justificou como técnica a decisão de não construção de mais um aeroporto em São Paulo.
"A denúncia do senhor Cláudio Melo Filho é uma mentira afrontosa, pois jamais falei em dinheiro com ele. Considero a denúncia uma indignidade e, sem provas, uma covardia", disse Moreira Franco.
"Quanto à não aprovação do aeroporto, como disse, se deu por razões técnicas, pois o artigo 2º do Decreto 7.871, de 21 de dezembro de 2012, impede aeroportos privados de explorarem aviação regular, como se queria."