SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público Federal denunciou nesta terça-feira Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, no início de setembro, por praticar "atentado pessoal por inconformismo político".
Segundo a denúncia do MPF, Oliveira "expôs a grave e iminente perigo o regime democrático ao tentar interferir no resultado das eleições" e agiu com o objetivo de excluir o deputado do PSL da disputa eleitoral.
"A conduta provocou lesão real e efetiva ao processo eleitoral, ao afastar o candidato Jair Bolsonaro da campanha nas ruas, talvez definitivamente, e ao exigir a reformulação das estratégias dos concorrentes", afirma o MPF na denúncia.
Jair Bolsonaro foi atingido por uma facada em 6 de setembro durante um evento de campanha em Juiz de Fora (MG), onde passou por uma cirurgia de emergência. No sábado, o presidenciável recebeu alta do hospital Albert Einstein, para onde foi transferido no dia seguinte ao atentado e onde passou por uma segunda cirurgia.
Em depoimentos, Adélio Bispo de Oliveira deixou claro que o ataque foi premeditado e imagens encontradas em seu celular mostram que ele visitou pontos da cidade de Juiz de Fora que seriam percorridos por Bolsonaro no dia do ataque.
Caso seja condenado, Oliveira poderá cumprir de três a dez anos de reclusão, afirma o Ministério Público Federal.
(Por Laís Martins)