WASHINGTON (Reuters) - Multidões de mulheres, muitas vestindo gorros rosa, ocuparam neste sábado o centro de Washington para uma manifestação contra o presidente dos EUA, Donald Trump, um dia após o republicano assumir o cargo.
Espera-se que o evento de Washington seja o maior de todos de uma série de manifestações que acontecem em todo o mundo, em cidades como Sydney, Londres, Tóquio e Nova York, e que tem como objetivo criticar a retórica populista do presidente.
Trump irritou muitos norte-americanos liberais com comentários vistos como degradantes para as mulheres, mexicanos e muçulmanos.
Na sexta-feira, a capital dos EUA foi abalada por violentos protestos contra o homem de negócios transformado em político, com ativistas vestidos de preto quebrando janelas, incendiando carros e lutando com policiais, que responderam com granadas de luz e som.
Os protestos ilustram o grau de irritação em um país profundamente dividido e que se recupera de campanha de 2016. Trump derrotou a democrata Hillary Clinton, a primeira mulher nomeada para presidente por um grande partido dos EUA.
"É importante que os nossos direitos sejam respeitados, as pessoas têm lutado arduamente pelos nossos direitos e o presidente Trump deixou claro que não os respeita", disse Lexi Milani, de 41 anos e proprietária de um restaurante de Baltimore, em um ônibus com 28 amigos.
O metrô de Washington emitiu um alerta de "atraso em todo o sistema por causa de multidões extremamente grandes". Ao menos uma estação estava fechada para novos passageiros devido à multidão na plataforma.
Os organizadores esperam a participação de centenas de milhares de pessoas.
((Tradução Reuters São Paulo 5511 5644-7757))
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