O prefeito Ricardo Nunes, do MDB, foi reeleito neste domingo, 27, para mais um mandato de quatro anos à frente da Prefeitura de São Paulo. Apoiado por uma ampla coligação partidária, que reuniu um total de 11 legendas, Nunes confirmou nas urnas do segundo turno o favoritismo apontado pelas pesquisas de intenção de voto e derrotou o candidato do PSOL, Guilherme Boulos.
O emedebista obteve 59,35% dos votos válidos (3.393.110 votos), ante 40,65% de Boulos (2.323.901 votos). Foi uma diferença - pouco mais de um milhão de votos - maior do que a prevista antes da votação. O prefeito, por exemplo, triunfou nas 20 zonas eleitorais em que Pablo Marçal (PRTB) liderou no primeiro turno - a maior diferença foi na Mooca e no Tatuapé, onde o prefeito alcançou mais de 68% dos votos
Aos 56 anos, Nunes comanda o Executivo municipal da maior cidade da América Latina desde maio de 2021 - ele assumiu a cadeira de prefeito após a morte de Bruno Covas (PSDB), de quem era vice.
Embora contasse com o apoio do PL de Jair Bolsonaro, o prefeito evitou na maior parte da campanha a associação com o ex-presidente, desviando da polarização nacional. A estratégia garantiu a ele índices mais baixos de rejeição na comparação com o adversário do segundo turno.
Se evitou a "bolsonarização" de sua campanha, Nunes se vinculou ao governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem, no discurso da vitória, chamou de "líder maior que me deu a mão na hora mais difícil".
O triunfo de Nunes também integra uma conquista ampliada, nestas eleições municipais, dos partidos que representam a centro-direita no Brasil. Com Nunes, o MDB chegou pela primeira vez ao comando da Prefeitura paulistana por meio do voto popular. Além disso, consolida também um cenário em que os prefeitos predominaram nas tentativas de reeleição: somente nas capitais, os atuais mandatários conquistaram novos mandatos em 16 das 20 capitais onde disputaram.
"O equilíbrio venceu todos e todos os extremismos", afirmou Nunes, que prometeu "governar para todos". "Porque todos merecem igual respeito por parte de quem governa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.