(Reuters) - Uma parlamentar do Partido Trabalhista, da oposição britânica, admitiu publicamente que o partido não está tentando vencer a eleição antecipada convocada para 8 de junho pela primeira-ministra conservadora, Theresa May.
May está apostando que a fraqueza do líder trabalhista, Jeremy Corbyn, e a inesperada resiliência da economia de 2,6 trilhões de dólares do Reino Unido desde a votação para saída da União Europeia, no ano passado, irão impulsionar sua maioria para o Parlamento britânico.
Corbyn, um socialista que prometeu maiores impostos sobre os ricos e uma repressão a corporações poderosas, disse na quinta-feira que irá provar o contrário a especialistas eleitorais que preveem que seu partido sofrerá um colapso no apoio de eleitores.
Quando perguntada em entrevista à emissora ITV se Corbyn é um candidato realista como primeiro-ministro, a parlamentar trabalhista Helen Goodman disse: "Não acho que esta eleição seja sobre mudar o governo".
Quando pressionada sobre a finalidade da eleição, ela disse: "Esta eleição é sobre prevenir que os Tories (conservadores) tenham uma maioria tão esmagadora que não haja possibilidade de discordar neste país".
Dados de pesquisas de opinião realizadas pelo jornal The Times mostravam que May pode ter maioria esmagadora de 114 assentos, até 12 a mais do que David Cameron que venceu em eleição geral em 2015.