Por MacDonald Dzirutwe e Joe Brock
HARARE (Reuters) - O candidato do principal partido de oposição do Zimbábue acusou nesta quarta-feira a sigla governista Zanu-PF de tentar manipular as eleições presidenciais e parlamentares do país, depois que dados oficiais indicaram que a legenda do presidente Emmerson Mnangagwa conquistou maioria parlamentar.
O candidato de oposição Nelson Chamisa, de 40 anos, e Mnangagwa, de 75, foram os principais candidatos da eleição de segunda-feira, a primeira desde que Robert Mugabe foi forçado a renunciar em novembro após quase 40 anos no poder.
Grupos africanos de observação da eleição disseram que as votações foram pacíficas, organizadas e amplamente em linha com a lei, mas levantaram preocupações sobre a imparcialidade da mídia estatal e da Comissão Eleitoral do país.
Em sua conta no Twitter, Chamisa acusou a comissão de divulgar os resultados da eleição parlamentar antes para preparar a população para uma vitória de Mnangagwa na disputa pela Presidência.
"A estratégia tem como objetivo preparar o Zimbábue mentalmente para aceitar resultados presidenciais falsos. Nós temos mais votos do que ED (Emmerson Dambudzo). Nós ganhamos o voto popular e vamos defendê-lo", escreveu.