SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Civil realizava nesta sexta-feira uma operação de busca em escritórios da mineradora Samarco situados em Minas Gerais e no Espírito Santo, de acordo com informação da companhia, que enfrenta os desdobramentos do mortal rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração em Mariana (MG), em 2015.
Segundo a assessoria de imprensa da Samarco, os policiais civis realizavam operação nos escritórios em Belo Horizonte, Mariana e Vitória.
"A empresa reitera que está colaborando com o trabalho dos policiais, assim como vem fazendo desde o início das investigações das causas do acidente com a barragem de Fundão", disse a Samarco em nota.
O rompimento da barragem de rejeitos em Mariana, que ocorreu em 5 de novembro, considerado o pior desastre ambiental da história do país, gerou uma onda de lama que devastou comunidades e deixou pelo menos 17 mortos e centenas de desabrigados. A lama também atingiu o Rio Doce, que a levou até o litoral capixaba.
A operação da Polícia Civil ocorre um dia depois de o governo de Minas Gerais divulgar que os danos socioeconômicos decorrentes do incidente resultaram em prejuízo de 1,2 bilhão de reais a cidades do Estado.
O governo federal busca reparações pelo desastre que envolveriam cerca de 20 bilhões de reais a serem pagos pela Samarco, uma joint venture da Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.
Não foi possível obter imediatamente mais informações sobre a operação junto à Polícia Civil.
(Por Roberto Samora)