PARIS (Reuters) - Emmanuel Macron, político centrista independente que é o favorito a vencer a eleição presidencial da França, refutou rumores de manter um relacionamento gay fora de seu casamento com Brigitte Trogneux.
Em comentários feitos na segunda-feira e tuitados por sua porta-voz, Macron negou os boatos de que está envolvido com o executivo-chefe da Radio France, Mathieu Gallet. As insinuações sobre o caso circulam há anos e, recentemente, se tornaram alvo da mídia.
"Se vocês ouvirem que vivo uma vida dupla com o senhor Gallet é porque meu holograma fugiu", disse Macron a seus apoiadores em um comício, aparentemente se referindo a uma apresentação com holograma do candidato rival Jean-Luc Mélenchon no último final de semana.
Sua porta-voz descreveu os comentários como "uma negação clara dos rumores sobre sua vida pessoal".
"Brigitte está se perguntando como eu poderia fazer isso fisicamente. Ela divide minha vida da manhã até a noite, e eu nunca a paguei", disse Macron, de acordo com o tuíte de um repórter presente no evento.
A referência ao pagamento parece ter sido uma cutucada em outro oponente, François Fillon, cuja campanha foi abalada por alegações de que ele remunerou a esposa por trabalhos que ela não teria realizado.
Foi o impacto deste escândalo que colocou Macron na dianteira da eleição da primavera francesa.
Normalmente, a mídia do país reluta em noticiar sobre a vida íntima de figuras públicas, mas nesta terça-feira o jornal Le Parisien publicou uma reportagem sobre a réplica de Macron.
Pesquisas de opinião mostram Macron disputando o segundo turno da votação com Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional, e vencendo com uma maioria de cerca de dois terços.
(Por Michel Rose)