ISTAMBUL (Reuters) - O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, nomeou vários de seus assessores e um professor de teologia para um novo comitê de política econômica, no momento em que o país busca tranquilizar investidores estrangeiros assustados com a queda da moeda e a inflação alta.
O conselho foi um dos nove comitês, em áreas que também incluem educação, ciência, cultura, segurança e saúde, às quais Erdogan nomeou membros em uma divulgação do Diário Oficial nesta terça-feira.
Eles fazem parte das mudanças na estrutura do governo desde que a Turquia mudou para uma presidência executiva após a vitória eleitoral de Erdogan em junho.
Um economista criticou a composição do comitê de economia, que inclui o presidente do regulador bancário BDDK e os assessores presidenciais Cemil Ertem, Hatice Karahan e Yigit Bulut.
"Uma enorme oportunidade desperdiçada. A Turquia tem alguns economistas e banqueiros de primeira linha, e poderia até ter trazido alguns especialistas internacionais para adicionar novas idéias e credibilidade, o que é muito necessário no momento", escreveu Timothy Ash, da BlueBay Asset Management.
Erdogan, um autodenominado "inimigo das taxas de juros", quer que os custos dos empréstimos sejam reduzidos para manter a economia em crescimento. Suas repetidas críticas à política monetária enfraqueceram a confiança no banco central e provocaram a venda de liras e alimentaram a alta inflação.
O comitê de economia de Erdogan também incluiu Servet Bayindir, professor de teologia e economia especializado em finanças islâmicas.