O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Fabrício Queiroz (PL), é pré-candidato a vereador em Saquarema, no Rio de Janeiro. Ele enfrenta processos com acusações de ter desviado verbas públicas para benefício próprio. Por não ter sido condenado, pode concorrer a cargos políticos.
Ao Estadão, Queiroz informou que irá oficializar a candidatura assim que a Casa Verde Amarela, uma base na cidade para encontros com correligionários, ficar pronta. Sem mencionar a data exata, ele estima que ela seja finalizada nos próximos dias.
Queiroz é policial militar e possui histórico com o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O político é investigado por suposta participação em um esquema de rachadinha quando Flávio ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele chegou a ser preso em 2020, porém foi solto em 2021 e no ano seguinte o caso foi arquivado.
Em 2022, o pré-candidato tentou ingressar na carreira política ao concorrer para o cargo de deputado estadual. Na época, ele afirmou que se eu tivesse o apoio da família Bolsonaro, com certeza seria o deputado mais votado do Rio de Janeiro.
Filiado ao PTB (agora incorporado ao PRD), Queiroz não ganhou uma cadeira na Câmara, ele obteve 6.701 votos. Em entrevista à Veja em setembro de 2023, o policial disse que o clã o vê como um "leproso" e que são "do tipo que valorizam aqueles que os trai".
"Os Bolsonaro são do tipo que valorizam aqueles que os trai. Bolsonaro não me ajudou em nada na minha campanha a deputado estadual em 2022. Nem na urna em que ele vota eu tive voto. Se ele sinalizasse favoravelmente à minha candidatura, hoje eu seria deputado", disse.
Neste ano, Queiroz declarou que filiou-se ao PL e já enviou a ficha de cadastro para a Justiça Eleitoral. Ele declarou ter R$ 674,7 mil de posses, quase 10% a menos que em 2020, quando ele informou ter R$ 690 mil de bens.