WASHINGTON (Reuters) - Candidatos à presidência dos EUA pelo Partido Republicano acusaram neste domingo o presidente Barack Obama de mostrar fragilidade na política norte-americana em relação à Síria, duvidando que a utilização modesta de tropas de operações especiais vá fazer a diferença sem uma estratégia mais ampla e coerente por trás.
"Eu não tenho problema com as táticas que envolvem isso. E os números terão de ser ainda maiores em algum momento", disse o senador pela Flórida Marco Rubio sobre a informação, na sexta-feira, de que a administração Obama irá utilizar menos de 50 tropas de operações especiais em terra no norte da Síria nas próximas semanas.
"Acho que o problema maior é: qual será a estratégia?", disse Rubio no programa da CBS "Face the Nation".
O anúncio marcou uma reviravolta na promessa de Obama de não mandar tropas norte-americanas para a Guerra Civil da Síria, que se desdobra desde 2011.
A senadora pela Carolina do Sul Lindsey Graham afirmou que a medida de Obama é "um erro em todas as frentes", afirmando que as forças especiais americanas estão se dirigindo a "uma região muito ruim sem chance de vitória."
"O que estamos prestes a conquistar é entregarmos a Síria para a Rússia e o Irã e assegurar que não destruíremos o Estado Islâmico sob a tutela do Obama, e passar essa bagunça para o próximo presidente", disse Graham no programa "Fox News Sunday".
O mandato de Obama se encerra em janeiro de 2017.