MADRI (Reuters) - O Parlamento da Catalunha tentou pela segunda vez nesta segunda-feira apresentar como novo líder da região um político pró-independência que está aguardando julgamento por acusações de rebelião, depois que um grupo de direitos humanos da ONU disse que ele deveria ser autorizado a concorrer ao cargo.
Parlamentares primeiro selecionaram Jordi Sànchez em março, mas essa tentativa foi abandonada quando ele não foi capaz de comparecer à cerimônia de posse, uma vez que havia sido preso pelo governo de Madri por ajudar a organizar protestos pró-independência no ano passado.
A cerimônia que o presidente do Parlamento anunciou para sexta-feira --mas que a Suprema Corte da Espanha provavelmente impedirá-- marcaria a quarta tentativa da Catalunha de escolher um presidente desde que uma fraca aliança de grupos separatistas venceu a eleição regional em dezembro.
Autoridades centrais da Espanha convocaram essa eleição após assumirem o controle da Catalunha em outubro, quando a região declarou independência em uma ação considerada ilegal, resultando na prisão de diversos membros do gabinete regional e de líderes civis.
Além de Sànchez, parlamentares catalães apresentaram, desde a votação, o ex-líder Carles Puigdemont e seu aliado Jordi Turull como possíveis presidentes.
Se um novo líder não foi nomeado antes do fim de maio, a Catalunha precisará convocar outra eleição.