Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O governo chamou os líderes da base aliada, depois da apresentação do relatório sobre a Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos na comissão especial, para que o presidente Michel Temer fizesse pessoalmente um apelo pela votação da PEC na próxima segunda-feira, disse o líder do Solidariedade após a reunião.
"O presidente pediu um empenho total. Teve reunião ontem à noite, hoje de manhã, e agora essa com o presidente", disse a jornalistas o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força.
Temer ainda marcou um jantar com todos os deputados da base aliada para o próximo domingo, com a intenção de manter a mobilização e garantir o quórum.
A intenção do governo é votar toda a PEC na segunda-feira, dia que costuma ter quórum baixo no Congresso.
"Acredito que podemos sim votar tudo na segunda-feira. A intenção é começar cedo e ir até a hora que for necessário para derrubar todas as obstruções", disse Paulinho.
Também falando a jornalistas, já no Congresso, o líder do governo na Câmara, deputado André Moutra (PSC-SE), disse que o objetivo é realizar o segundo turno de votação da PEC no dia 24 de outubro.
Para ser aprovada, a PEC precisa do voto favorável de 308 deputados, o equivalente a três quintos, em dois turnos e depois, em outras duas votações, 49 senadores, também três quintos.
A maior parte dos partidos da base já fechou questão pela aprovação da PEC na Câmara. Um dos únicos que ainda não se definiram pela aprovação foi justamente o Solidariedade. O problema, de acordo com Paulinho, é o artigo que restringe o aumento das despesas em educação e saúde.
O parecer apresentado pelo deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) nesta sessão procurou melhorar essa questão.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)