BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer colocou nesta terça-feira as Forças Armadas à disposição dos governos estaduais para combater a crise no sistema penitenciário em vários lugares do país, que já resultou na morte de mais de 130 presos, principalmente em confrontos entre integrantes de facções criminosas que atuam nos presídios, disse o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola.
Em breve declaração à imprensa no Palácio do Planalto, Parola reconheceu que a crise ganhou "contornos nacionais" e disse também que Temer determinou uma "intensa troca de informações" entre os serviços de inteligência sobre as atividades desses grupos criminosos.
A participação dos militares na crise, chamada por Parola de "iniciativa inovadora", se dará também dentro das penitenciárias, especialmente na realização de inspeções dentro dos presídios para a apreensão de materiais proibidos nas cadeias, como armas, drogas e telefones celulares.
Segundo Parola, os governadores terão de concordar com a presença das Forças Armadas nessa atividade.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)