ROMA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda se recusa a apoiar o Acordo de Paris contra as mudanças climáticas, bloqueando esforços de líderes mundiais que, na Sicília, tentam convencer o líder norte-americano a endossar o tratado, disse o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, nesta sexta-feira.
Mas houve entendimento no encontro de cúpula do G7 sobre outros assuntos, como a Síria a, Líbia e a luta contra o terrorismo, disse Paolo Gentiloni a repórteres em Taormina, onde os líderes das sete economias mais industrializadas do mundo estão se encontrando.
"Existe uma pergunta em aberto, que é a posição dos Estados Unidos sobre o acordos do clima de Paris... Todos os outros confirmaram seu apoio total ao acordo", disse Gentiloni. "Nós temos certeza que depois de uma reflexão interna, os Estados Unidos também vão querer se comprometer", acrescentou.
Os líderes da Itália, dos Estados Unidos, da Alemanha, do Reino Unido, da França, do Canadá e do Japão assinaram nesta sexta-feira uma declaração para sustentar esforços para lutar contra o terrorismo, incluindo uma tentativa de remover propaganda extremista da internet, disse Gentiloni.
"Nós mostramos nosso comprometimento conjunto e nossa determinação em continuar a fortalecer nossa luta contra o terrorismo", disse Gentiloni depois que os líderes assinaram um documento que também expressou solidariedade ao Reino Unido após um ataque suicida em Manchester deixar 22 mortos.
Gentiloni disse que eles avançaram com a questão do comércio externo, mas acrescentou que o texto do comunicado oficial final ainda precisa ser alterado. Trump promoveu anteriormente uma agenda protecionista que preocupou os aliados do G7.
(Reportagem de Steve Scherer)