Por Emily Stephenson
INDIANÁPOLIS (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou nesta quinta-feira que as empresas norte-americanas enfrentarão “consequências” por transferirem empregos para o exterior, ao mesmo tempo em que promoveu o seu êxito em persuadir uma fabricante de ar-condicionado a manter cerca de 1.000 postos de trabalho nos EUA em vez de transferi-los para o México.
"Empresas não vão mais deixar os Estados Unidos sem consequências. Isso não vai acontecer”, afirmou o republicano em visita a uma fábrica da Carrier em Indianápolis.
Trump, que assume o poder em 20 de janeiro, não disse que consequências seriam essas, mas durante a campanha eleitoral ele ameaçou com frequência estabelecer uma tarifa de importação de 35 por cento sobre bens produzidos por empresas norte-americanas que tivessem transferido empregos para o exterior.
A manutenção dos postos de trabalho nos EUA foi um dos principais temas da campanha eleitoral de Trump, e ele repetidas vezes criticou a Carrier por conta do plano da companhia de transferir a produção para o México.
Aparentemente sob a pressão de Trump, a Carrier anunciou nesta semana que tinha concordado em manter mais de 1.000 empregos na fábrica e na sua sede, ao mesmo tempo que ainda planejava transferir mais de 1.000 outros empregos norte-americanos para o México.
Trump afirmou que as suas negociações com a fabricante de ar-condicionado eram um modelo de como ele se relacionaria com outras empresas norte-americanas tentadas a transferir empregos para o exterior para economizar dinheiro.
Ele prometeu criar um ambiente saudável para negócios com impostos mais baixos e menos regulamentação.
"Eu quero apenas que todas as outras empresas saibam que nós vamos fazer coisas boas para os negócios. Não há mais razão para elas partirem”, declarou Trump.
Se essa abordagem não funcionar, haveria penalidades, alertou Trump.