O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) afirmou nesta 6ª feira (1º.nov.2024) que há um “claro boicote” do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em relação à Margem Equatorial.
O congressista, cotado para ser o próximo presidente do Senado, se reuniu com o presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho, e a da Petrobras (BVMF:PETR4), Magda Chambriard. O líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e o governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), também participaram do encontro, no Rio.
Na 3ª feira (29.out), o Ibama pediu esclarecimentos à petroleira sobre a proposta da estatal para diminuir riscos ambientais na exploração de petróleo em uma área chamada Foz do Amazonas, na costa do Amapá.
“Não é uma questão técnica que isso já passou há muito tempo de ser uma questão técnica. É claro boicote contra o Brasil, o que estão fazendo”, disse Alcolumbre ao Globo.
ENTENDA
A Petrobras tem um projeto para perfuração de um poço a 2.880 metros de profundidade a cerca de 170 km da costa do Amapá. Agora, a estatal necessita enviar ao Ibama novas informações para que possa ser decidido se o processo será ou não arquivado.
A Margem Equatorial é uma das últimas fronteiras petrolíferas não exploradas no Brasil. Compreende toda a faixa litorânea ao Norte do país. Tem esse nome por estar próxima da Linha do Equador. Começa na Guiana e se estende até o Rio Grande do Norte.
A porção brasileira é dividida em 5 bacias sedimentares, que juntas têm 42 blocos. São elas:
- Foz do Amazonas, localizada nos Estados do Amapá e do Pará;
- Pará-Maranhão, localizada no Pará e no Maranhão;
- Barreirinhas, localizada no Maranhão; Ceará, localizada no Piauí e Ceará; e
- Potiguar, localizada no Rio Grande do Norte.