O mês de agosto foi marcado por uma alta de 2,9% do consumo nacional de energia elétrica, com 43.405 kWh (quilowatt-hora), em comparação ao mesmo mês do ano passado. Foi o 10º mês consecutivo de crescimento, segundo a resenha mensal da Empresa de Pesquisa Energética. Esse crescimento foi puxado pelo consumo residencial, com uma alta de 7,4%, seguido do comercial (5%) e do industrial (0,7%).
O consumo aumentado tem resultados na conta de luz no final do mês. Por exemplo, uma casa com televisão, ar condicionado, luz e TV a cabo paga mais de R$ 200 ao mês de energia elétrica, segundo simulador da Enel (BIT:ENEI). Para reduzir esse custo, há algumas estratégias que podem ser usadas no melhor gerenciamento do gasto de energia elétrica.
Algumas residências e estabelecimentos são abastecidos por uma geração distribuída de energia, ou seja, estão conectadas diretamente a uma rede de distribuição, que contempla fontes de energia renováveis ou não. Em muitos casos, a rede é combinada com um sistema de armazenamento de energia, como geradores e baterias.
Pensando nisso, como pesquisa de seu doutorado em Energia Elétrica pela USP (Universidade de São Paulo), Luís Fernando Moreira Machado desenvolveu um algoritmo que coordena e gerencia as fontes de energia, como os geradores a diesel, gás e as cargas de um sistema elétrico.
Funcionamento do algoritmo
O algoritmo funciona com base nas tarifas de energia e nos valores financeiros dos custos dos combustíveis dos geradores. “Podemos fazer a analogia com um maestro que coordena e harmoniza os instrumentos de uma orquestra para que a mágica aconteça”, diz Machado.O dispositivo faz o planejamento e a otimização do uso das fontes de energia por meio de dados financeiros e das informações sobre o consumo de energia, com a finalidade de otimizar o consumo. “Por exemplo, se o preço da energia estiver alto e o preço do combustível do gerador estiver baixo, o algoritmo realiza essa análise financeira e aciona o gerador determinando a sua potência de operação”, explica o pesquisador.
O produto está em estágio de TRL (Nível de Maturidade Tecnológica) entre 3 e 4. Isso significa que acabou de sair da pesquisa, mas ainda é necessário fazer provas de conceito para futuras prototipagens. Atualmente, o projeto está em busca de fomento.
Com informações da Agência USP.