O vice-presidente do Ibraspal (Instituto Brasil Palestina), Sayid Marcos Tenório, foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Alexandre Padilha, na 5ª feira (5.out.2023). O encontro foi realizado no Palácio do Planalto, onde fica o gabinete do ministro.
Sayid é apoiador do grupo extremista Hamas, que controla desde 2007 a Faixa de Gaza, no sul de Israel. Não há eleições regulares na região. No sábado (7.out.2023), o grupo lançou um ataque surpresa por ar, mar e terra contra o país –o conflito já deixou quase 2.000 mortos, entre israelenses e palestinos.
Sayid publicou o registro do encontro com Padilha em seus perfias nas redes sociais.
Também nas redes, ele tem celebrado os ataques do Hamas. Em uma das publicações, compartilhou imagens de pessoas que estavam em uma rave atacada pelo grupo extremista fugindo pelo deserto com a mensagem: “Colonos judeus ilegais sentindo na pele por um dia aquilo que os palestinos vêm sofrendo diariamente há 75 anos”.
Os brasileiros Ranani Glazer e Bruna Valeanu, encontrados mortos, estavam na rave.
O Poder360 procurou o ministro Alexandre Padilha para pergunta se ele gostaria de se manifestar a respeito do encontro com Sayid. Não houve uma resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto e será atualizado caso uma manifestação seja enviada.
PC do B
Sayid Marcos Tenório é funcionário da Câmara dos Deputados. Ele trabalha com o deputado federal Marcio Jerry (PC d0 B-MA). Atualmente, é secretário parlamentar na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, presidida por Jerry.
O congressista foi secretário de Cidades no governo de Flávio Dino no Maranhão e faz parte do seu grupo político. Dino hoje é o ministro da Justiça.
Jerry declarou não ter visto as publicações do seu assessor. Ele condena as ações do Hamas. “Ele [Sayid] tem, como muitas pessoas de diversos espectros ideológicos, simpatia pela causa palestina. Defendo o Estado de Israel e o da Palestina”, disse Jerry.
NOME ALTERADO
Sayid Marcos Tenório nasceu com o nome José Marcos Tenório.
Em 2007, se converteu ao islamismo e, em março de 2019, recebeu autorização da Justiça para alterar o nome formalmente em seus documentos.