🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Biden tenta “encobrir crimes e terrorismo” de Israel, diz Hamas

Publicado 10.10.2023, 22:33
Atualizado 10.10.2023, 22:41
Biden tenta “encobrir crimes e terrorismo” de Israel, diz Hamas

O Hamas afirmou nesta 3ª feira (10.out.2023) que os comentários do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a guerra em Israel são uma tentativa de “encobrir os crimes e o terrorismo“ contra os palestinos e apoiar a “ocupação” do território no Oriente Médio. O grupo extremista pediu que os EUA reavaliem sua política de “duplo padrão” a favor do Estado judeu.

Em declaração divulgada em canal de mensagens no Telegram, a organização afirmou que defende a “resistência” e o direito do povo palestino à “liberdade” e “autodeterminação”. O Hamas disse ainda que busca “pôr fim à ocupação israelense e garantir Jerusalém como sua capital”.

Acompanhado da vice-presidente, Kamala Harris, e do secretário de Estado, Antony J. Blinken, Biden, afirmou nesta 3ª feira (10.out) que o Hamas mantém cidadãos norte-americanos como reféns. Não especificou quantos são. Também disse que os EUA enviarão assistência militar adicional para Israel.

O norte-americano, que mantém contato com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que apoia os israelenses e lembrou que tanto os EUA quanto Israel são democracias e devem agir “de acordo com o Estado de Direito”.

Segundo a organização, o discurso feito presidente dos EUA não mencionou os “massacres” cometidos pelo Exército de Israel contra a Palestina e a Faixa de Gaza.

“Seu pronunciamento incluiu falácias políticas e legais que claramente apoiam a ocupação colonial mais hedionda no Oriente Médio e oferecem total cobertura para que a ocupação israelense continue suas atrocidades contra mulheres, crianças e idosos indefesos”, afirmou.

O Hamas se definiu como “um movimento de libertação nacional que luta contra uma ocupação colonial repreensível e defende seu povo e seus direitos à liberdade e autodeterminação”. Afirmou que a ofensiva contra Israel, que começou no sábado (7.out), foi lançada para defender o povo palestino e “pôr fim à agressão, ao cerco e à ocupação israelense”.

Na 2ª feira (9.out), líderes dos EUA, França, Alemanha, Itália, Reino Unido emitiram uma declaração conjunta em apoio a Israel e condenaram o Hamas por suas “ações terroristas”. A nota afirmou que os países apoiarão Israel em seus esforços de autodefesa e na “proteção de seu povo”. Leia a íntegra, em inglês (PDF – 122 kB).

ENTENDA O CONFLITO

Embora seja o maior conflito armado na região nos últimos anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas. Os 2 grupos reivindicam o território, que possui importantes marcos históricos e religiosos para ambas as etnias.

O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Possui um braço político e presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária, mas a organização é mais conhecida pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza.

O grupo assumiu o poder na região em 2007, depois de ganhar as eleições contra a organização política e militar Fatah, em 2006.

A região é palco para conflitos desde o século passado. Há registros de ofensivas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021 entre Israel e Hamas, além da 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948), a Crise de Suez (1956), Guerra dos 6 Dias (1967), 1ª Intifada (1987) e a 2ª Intifada (2000). Entenda mais aqui.

Os atritos na região começaram depois que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez a partilha da Palestina em territórios árabes (Gaza e Cisjordânia) e judeus (Israel), na intenção de criar um Estado judeu. No entanto, árabes recusaram a divisão, alegando terem ficado com as terras com menos recursos.

ATAQUE A ISRAEL

O Hamas, grupo radical islâmico de orientação sunita, realizou um que ataque surpresa a Israel no sábado (7.out). Israel declarou guerra contra o Hamas e começou uma série de ações de retaliação na Faixa de Gaza, território palestino que faz fronteira com Israel e é governado pelo Hamas.

Os ataques do Hamas se concentram, até o momento, ao sul e ao centro de Israel. Caso o Hezbollah faça novas investidas na fronteira com o Líbano, um novo foco de combate pode se estabelecer ao norte de Israel.

O tenente-coronel israelense, Richard Hecht, afirmou que o país “olha para o Norte” e que espera que o Hezbollah “não cometa o erro de se juntar [ao Hamas]”.

Saiba mais sobre a guerra em Israel:

  • o grupo extremista Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro e assumiu a autoria dos ataques no dia seguinte;
  • cerca de 2.000 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza. Extremistas também teriam se infiltrado em cidades israelenses –há relatos de sequestro de soldados e civis;
  • Israel respondeu com bombardeios em alvos na Faixa de Gaza;
  • o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou (8.out) guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo;
  • líderes mundiais como Joe Biden e Emmanuel Macron condenaram os ataques –entidades judaicas fizeram o mesmo;
  • Irã e o grupo extremista Hezbollah comemoraram a ação do Hamas –saiba como é o interior de túneis usados pelo Hezbollah na fronteira entre o Líbano e Israel;
  • o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, determinou na 2ª feira (9.out) um “cerco completo” à Faixa de Gaza. Segundo a ONU, ação é proibida pelo direito humanitário internacional;
  • O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky comparou o conflito à guerra na Ucrânia. Afirmou que o Hamas é uma “organização terrorista”, enquanto a Rússia pode ser considerada um “Estado terrorista”;
  • Lula chamou os ataques do Hamas de “terrorismo”, mas relativizou episódio;
  • Haverá uma operação do governo para repatriar brasileiros em áreas atingidas pelos ataques. Serão 5 voos para buscar 900 pessoas. O 1º avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para resgate pousou em Tel Aviv nesta 3ª feira (10.out). A operação deve ser concluída na 5ª feira (12.out);
  • Embaixada de Israel no Brasil chamou Hamas de “ramo” do regime iraniano;
  • Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, também se pronunciaram e fizeram apelo pela paz;
  • Bolsonaro (PL) repudiou os ataques e associou o Hamas a Lula;
  • O Itamaraty confirmou a morte de 1 brasileiro, outro 2 seguem desaparecidos;
  • ENTENDA – saiba o que é o Hamas e o histórico do conflito com Israel;
  • ANÁLISE – Conflito é entre Irã e Israel e potencial de escalada é incerto;
  • OPINIÃO – Dias incertos para o mercado de petróleo, escreve Adriano Pires;
  • FOTOS E VÍDEOS – veja imagens da guerra na playlist especial do Poder360 no YouTube.

Leia também:

  • Líder da Palestina pede intervenção da ONU na Faixa de Gaza;
  • Esperamos que o Brasil lidere condenação ao Hamas, diz embaixador;
  • Ministério da Saúde palestino alerta sobre falta de medicamentos;
  • Família confirma a morte de 2ª vítima brasileira em Israel;
  • Putin diz que guerra é resultado da “falha da política dos EUA”;
  • “Playboy” demite Mia Khalifa por atriz celebrar ataque do Hamas.

Leia mais em Poder360

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.