O presidente Jair Bolsonaro (PL) não havia se pronunciou até a manhã desta terça-feira, 13, sobre as depredações e atos de vandalismo que ocorreram na noite de segunda-feira, 12, em Brasília. O estopim da escalada de violência nas ruas da capital federal foi a prisão de José Acácio Serere, acusado de organizar atos antidemocráticos de contestação à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas e pregar a violência contra membros do Judiciário e o próprio presidente eleito.
Protestos em frente a quartéis de várias capitais e cidades pelo País contestam o resultado da eleição deste ano. Vestidos de verde e amarelo, manifestantes afirmam que o petista "não pode" subir a rampa do Planalto e pedem que o atual chefe do Executivo convoque as Forças Armadas para impedir a posse. Bolsonaro tem adotado postura reclusa desde a derrota na eleição e diminuído a frequência de discursos e aparições públicas.
O único ministro de Bolsonaro a se manifestar até o momento foi Anderson Torres, da Justiça. Ele afirmou que "nada justifica as cenas lamentáveis" vistas no centro de Brasília. 'A Capital Federal tradicionalmente é palco de manifestações pacíficas e ordeiras", declarou Torres.