O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou neste sábado (18.nov.2023) o inquérito da Polícia Federal que o investiga por possível crime de “importunação intencional” de uma baleia jubarte em São Sebastião, no litoral de São Paulo, em junho deste ano. Ao mencionar a investigação, Bolsonaro chamou o ministro Flávio Dino (Justiça) de “baleia”, sem citar o seu nome.
“Todo dia tem uma maldade em cima de mim, a de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim lá na Esplanada é aquela que está no ministério. É aquela que diz que eu queria dar o golpe agora no dia 8 de Janeiro. Mas, aquela baleia some com os vídeos do seu ministério”, disse em evento do PL Mulher em Porto Alegre (RS).
O Ministério Público Federal de São Paulo divulgou na 6ª feira (17.nov) que acompanharia o inquérito policial sobre a importunação da baleia jubarte. A informação foi publicada em edição do Diário Oficial do MPF.
No ato, é mencionado que vídeos divulgados nas redes sociais registraram a aproximação de um homem pilotando um jet ski a uma baleia jubarte nos dias 16 e 17 de junho. “Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, afirma a portaria assinada pela procuradora Marília Soares Ferreira Iftim.
De acordo com o MPF, a condutor do jet ski estava pilotando o veículo enquanto gravava um vídeo no celular. O ato detalha que o jet ski “com motor ligado chegou a aproximadamente 15m do espécime que se encontrava no chamado ‘comportamento aéreo’, em que o animal aparece na superfície”.
Neste sábado, Bolsonaro e deputados aliados acompanharam evento promovido pelo PL Mulher, que é presidido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. No encontro, ela também criticou Dino pelas visitas de Luciane Barbosa, conhecida como “dama do tráfico amazonense”, a assessores do ministro; e pela visita de Dino ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, no início do ano.