O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou na 5ª feira (30.nov.2023) a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que diz que empresas jornalísticas podem ser responsabilizadas civilmente por injúria, difamação ou calúnia por causa de declarações feitas por pessoas entrevistadas. O ex-chefe do Executivo participou de sessão solene da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte em homenagem ao dia do motociclista.
“Uma decisão lá de outro Poder, que não é o Legislativo, decidiu que, se qualquer pessoa der uma entrevista e o jornal publicá-la, se tiver fake news ali, a imprensa vai ser processada. E quem vai dizer se é fake news ou se não é fake news? Ninguém sabe. Ou alguém indicado por alguém que está no poder, que sempre pregou controle social da mídia, sempre pregou a censura. Isso não dá certo”, declarou Bolsonaro.
Conforme o texto aprovado no STF, “empresa jornalística não responde civilmente quando, sem emitir opinião, veicule entrevista na qual atribuído, pelo entrevistado, ato ilícito a determinada pessoa”.
Bolsonaro disse que “sempre” com a imprensa e avisou que as pessoas “sentiriam saudade” dele depois que saiu do governo. “Estamos, agora, junto com a imprensa. Sempre estive com a imprensa e a imprensa agora vai estar comigo. Chama-se liberdade”, afirmou.
“Uma das últimas palavras que falei quando estava lá ainda em Brasília no Palácio da Alvorada foi: vocês vão sentir saudades de mim”, declarou.