O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 6ª feira (3.nov.2023) desconhecer os responsáveis e as motivações do monitoramento secreto da localização de cidadãos por meio do celular feito pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante seu governo. A declaração foi feita em um evento em Santos (SP). A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
“A Abin não interceptou ninguém. Ela fazia, segundo a imprensa, porque eu dispensei a Abin desde o início [do mandato], o levantamento de posição de 30.000 pessoas, segundo a Abin. Agora, eu gostaria que fosse divulgado o nome das 30.000 pessoas. Quem fez e o porquê não tenho a menor ideia”, declarou.
O ex-presidente também disse que só tem conhecimento de 1 monitoramento de inteligência para identificar a aglomeração de pessoas durante a pandemia, feito por outros órgãos.
A ferramenta de espionagem utilizada pela Abin foi alvo de uma operação da PF (Polícia Federal) em outubro e levou ao afastamento e prisão de servidores. Ela teria sido usada durante os 3 primeiros anos do governo Bolsonaro e permitiria monitorar até 10.000 pessoas a cada 12 meses.
O ex-presidente esteve em Santos para 2 compromissos com a deputada federal Rosana Valle (PL-SP), que é pré-candidata à prefeitura da cidade, e com o deputado estadual Tenente Coimbra (PL-SP). As agendas incluíram uma solenidade para a entrega de 3 novas viaturas ao Corpo de Bombeiros e um almoço num clube no bairro Ponta da Praia.