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Bomba em hospital não foi falha em míssil, diz “Al Jazeera”

Publicado 19.10.2023, 18:04
Bomba em hospital não foi falha em míssil, diz “Al Jazeera”

A Al Jazeera disse nesta 5ª feira (19.out.2023) que não há evidências que comprovam a versão dada pelo governo de Israel de que o bombardeio que atingiu o hospital Al-Ahli, na Faixa de Gaza, na 3ª feira (17.out) tenha sido causado por uma “falha” no lançamento de um míssil da Jihad Islâmica.

O veículo afirma que, a partir de uma investigação dos vídeos publicados pelas Forças de Defesa de Israel –os quais supostamente mostram o momento em que o míssil do grupo extremista teria falhado–, foi possível “identificar 4 ataques aéreos israelenses em Gaza visando a área perto do hospital” minutos antes da explosão.

Na investigação, o veículo disse ter comparado os vídeos usados pelo Exército de Israel –que foram retirados de uma da transmissão ao vivo da própria Al Jazeera–, com uma câmera localizada ao sul de Tel Aviv.

De acordo com a publicação, os registros indicam que 4 foguetes israelenses atacaram Gaza em uma região próxima ao hospital. Eles caíram em um intervalo de 4 minutos que começou às 18h54 de 17 de outubro e terminou às 18h58.

A reportagem da Al Jazeera comparou com os horários da câmera que estava no sul de Tel Aviv. Esse vídeo mostra uma série de lançamentos partindo de Gaza e que foram interceptados pelo escudo de defesa de Israel. Às 18h59, o jornal indica que mais um foguete foi lançado saindo de Gaza. Este seria o projetil indicado por Israel como o foguete que teria falhado.

Segundo a reportagem, este foguete teria sido interceptado e “completamente destruído” pelo sistema de defesa israelense.

O jornal afirma que “5 segundos depois dessa interceptação” uma explosão pôde ser vista em Gaza, seguida de outra “muito maior”, que atingiu o hospital.

A Al Jazeera disse que depois de o foguete ter sido interceptado pelo sistema de defesa de Israel, nenhum outro míssil foi lançado de Gaza.

“Como resultado, a equipe de investigações digitais da Al-Jaazera não encontrou motivos para a reivindicação do Exército israelense que a explosão no hospital árabe Al-Ahli, em Gaza, foi causado por uma falha no lançamento do foguete”, afirma o veículo.

GUERRA DE VERSÕES

Os envolvidos na guerra apresentaram narrativas diferentes sobre o bombardeio do hospital de Al-Ahli, realizado na 3ª feira (17.out). Depois da explosão, o Hamas acusou Israel e declarou, em nota, que a explosão era um crime de “genocídio” e revelava “o lado feio do inimigo e seu governo fascista e terrorista”.

Na 4ª feira (18.out), a agência de notícias estatal da Palestina, Wafa, disse que “depois de bombardear um hospital […] Israel cometeu outro massacre horrível ao bombardear uma mesquita em Nuseirat”.

Já Israel afirmou, com fotos, vídeos e áudio, que a explosão que atingiu o hospital foi causada por um foguete do grupo Jihad Islâmica. Disse que, no início da noite de 3ª feira (17.out), cerca de 10 foguetes haviam sido disparados por essa organização de um cemitério próximo ao hospital.

Os Estados Unidos também se manifestaram sobre o caso. O presidente do país, Joe Biden, disse que o bombardeio não foi promovido por Israel. “Com base no que vi, parece que foi feito pela outra equipe, não por vocês”, disse o norte-americano ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na 4ª feira (18.out).

Além do que foi dito por Biden, um relatório preliminar do Conselho de Segurança Nacional norte-americano indica que Tel Aviv não é responsável pela explosão. A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que deve fazer uma investigação própria sobre o caso.

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