O Brasil assumirá uma postura de “provedor de soluções climáticas” e “reafirmará a liderança pelo exemplo” ao longo da COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023. É o que afirma a secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, Ana Toni.
Em fala a jornalistas na 2ª feira (20.nov.2023), Toni afirmou que o país é o participante com a maior quantidade de alternativas ao atual cenário climático e usará isso a seu favor. “Na COP, veremos a continuidade desse debate iniciado na Cúpula de Belém e propostas mais concretas. (…) Serão propostas ligadas a questões como remuneração dos serviços ecossistêmicos das florestas e manutenção da floresta em pé”, disse a secretária.
Além de Toni, o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério de Relações Exteriores também estava presente na ocasião. André Aranha Corrêa enfatizou que o governo terá como prioridade a aprovação do chamado “Global Stocktake”, o “1º balanço global” sobre o cumprimento dos Compromissos Nacionalmente Determinados do Acordo de Paris pelos países.
“A atuação do Brasil numa conferência internacional como a COP tem várias dimensões. Uma delas é mostrar o que está fazendo. A outra é procurar o entendimento entre países que estão, digamos, bloqueados para tratar de certos assuntos”, disse o secretário.
Corrêa também destacou que o país defenderá “de maneira firme” o comprometimento com a meta global de aumento de até 1,5 °C da temperatura.
Ao todo, 138 chefes de Estado já confirmaram presença na COP28, que será sediada no Qatar de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023. A comitiva brasileira já conta com 2.400 inscritos, 400 só do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará nela e confirmou a presença nos 2 primeiros dias da programação.
“Há muitos empresários, acadêmicos, cientistas, representantes da sociedade civil. Essa é uma grande força do Brasil e um sinal de quanto o país está comprometido com a discussão sobre mudança climática“, declarou Corrêa.