Depois de apresentar Carlos Melconian como seu porta-voz e nome para assumir o Ministério da Economia de uma eventual gestão, a candidata à Presidência da Argentina Patricia Bullrich indicou na 2ª feira (4.set.2023) mais nomes que vão compor seu governo caso vença as eleições –o 1º turno está marcado para 22 de outubro e o 2º, para 19 de novembro.
Conforme o jornal La Nación, a coordenação dos nomes está a cargo do cientista político Alberto Fohrig, homem de extrema confiança da candidata. Os nomes de um eventual governo Bullrich, além de Melconian, serão: Federico Pinedo (Relações Exteriores); Joaquín De la Torre (Política Social); Fabio Quetglas (Educação); Bernardo Saravia Frías (Reforma do Estado) e Silvia Lospennato (Mulher).
“Eles são os responsáveis pelas equipes e a função deles será percorrer o país, cidade por cidade, para apresentar os nossos programas”, declarou Bullrich depois de anunciar os nomes.“Temos a convicção de que vamos ultrapassar largamente os 30% dos votos em outubro e que estaremos no 2º turno”, completou.
Javier Milei lidera as intenções de voto para o 1º turno, mas a disputa deve ser decidida apenas no 2º turno. Na Argentina, para ser eleito em 1º turno, o candidato deve:
- receber, ao menos, 45% dos votos válidos; ou
- ter, pelo menos, 40% dos votos com 10 pontos percentuais de vantagem em relação ao 2º colocado.
Milei também lidera as pesquisas de um eventual 2º turno. Ele venceria caso concorresse contra Bullrich, conforme levantamento da consultoria Opinaia, obtido pelo jornal argentino Clarín.
Javier Milei tem 52 anos e liderou com 30,4% dos votos a eleição primária de 13 de agosto de 2023. Ele é de direita e tem ideias liberais na economia. Defende fechar o Banco Central do país e trocar o peso pelo dólar dos EUA. Concorre pela coalizão “La Libertad Avanza” (em português, A Liberdade Avança). Autodefine-se como “anarcocapitalista” e “libertário”.
Conhecida como a dama de ferro argentina, Patricia Bullrich Luro Pueyrredon nasceu em 11 de junho de 1956 em Buenos Aires. É formada em humanidades e ciências sociais com foco em Comunicação pela Universidade de Palermo e tem mestrado e doutorado em ciência política pela Universidade de San Martín.
Bullrich foi deputada por Buenos Aires de 1993 a 1997 e 2007 a 2015. Também já atuou como ministra do Trabalho (2000- 2001), ministra de Segurança Social (2001) e ministra da Segurança (2015-2019).
Entre suas principais propostas de campanha, a ex-ministra promete aos seus eleitores uma “mão firme” contra o crime e a corrupção e o fortalecimento das forças armadas da Argentina. Traz também uma forte retórica antiperonista.
Em relação ao seu plano econômico, Bullrich diz que pretende reduzir gastos de governo, remover os controles cambiais e conduzir uma revisão das leis tributárias e fiscais da Argentina para simplificar a estrutura financeira. Ela apoia ainda um sistema em que pesos e dólares argentinos são usados juntamente na economia.
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