📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Caso vença eleição, Lula descarta novo mandato: 'Com 81 anos não é possível'

Publicado 27.09.2022, 19:14
© Reuters.  Caso vença eleição, Lula descarta novo mandato: 'Com 81 anos não é possível'

Diante de intelectuais ligados ao PSDB e ao lado de Geraldo Alckmin (PSB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enfático ao descartar a possibilidade de disputar a reeleição se sair vitorioso das eleições deste ano. "Politicamente não é prudente dizer, mas todo mundo sabe que eu tenho quatro anos para fazer isso. Todo mundo sabe que não é possível um cidadão com 81 anos querer reeleição. Todo mundo sabe", disse Lula. "A natureza é implacável", afirmou.

Com 76 anos, o petista já havia sugerido em outras ocasiões que abrirá mão de concorrer à reeleição caso seja eleito presidente neste ano. Nesta terça-feira, a cinco dias do primeiro turno, Lula foi assertivo ao falar do tema. "Eu não posso errar. E preciso da ajuda de vocês para que a gente possa derrotar o nosso adversário principal e melhor governar esse País", afirmou Lula. Ele completa 77 anos no fim de outubro e, portanto, concluirá o mandato, se eleito, com 81 anos.

A declaração aconteceu durante reunião com economistas e intelectuais que declararam apoio à sua candidatura, embora tenham assumido posição política divergente em outros momentos da história. O ato é um dos eventos organizados pelo PT nos últimos dias para mostrar que há uma frente ampla de apoio à chapa Lula-Alckmin para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda no primeiro turno.Lula também afirmou que o "bolsonarismo continuará existindo" e é preciso derrotá-lo "de forma sadia" e "no debate político".

O economista André Lara Resende, um dos formuladores do Plano Real, participou e defendeu o voto no petista no primeiro turno. "Não é apenas importante a eleição do presidente Lula, é importante a eleição imediata do presidente Lula para começarmos imediatamente a pensar no futuro", disse. Durante seu pronunciamento, Lula afirmou que convidará Lara Resende e outros economistas presentes para discutir os planos para o País.C

inco ex-ministros do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participaram do evento: Aloysio Nunes Ferreira, José Carlos Dias, Claudia Costin, Luiz Carlos Bresser-Pereira e Paulo Sérgio Pinheiro. Segundo o coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante, os ex-ministros Nelson Jobim e Delfim Netto também declararam o apoio, mas não puderam comparecer.

Aloysio Nunes defendeu que a eleição de Lula seja "já". "Tem que ser já, não vamos deixar essa pessoa, ferido de morte, nas convulsões finais, com a caneta na mão, podendo criar grandes transtornos e precisamos começar a trabalhar desde o dia 2 na construção do futuro", afirmou o tucano.

Alckmin também fez forte apelo pelo voto no primeiro turno contra Bolsonaro. "Não é porque segundo turno possa dar trabalho não, mas porque é melhor para o Brasil", disse o candidato a vice. Ele também elogiou Lula: "é difícil alguém ter este dom de ter essa proximidade tão grande com povo".

os discursos, os presentes afirmaram que Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Mário Covas e Francisco Montoro participariam da união em defesa da candidatura de Lula e Alckmin, se estivessem vivos. "Ele (Tancredo), se vivo fosse, estaria aqui conosco porque ele representava esse espírito de uma ampla união nacional para reconstruir o País depois do regime militar. Hoje, de certa maneira, e nesta eleição, nós estaremos refundando a Nova República", declarou o embaixador Rubens Ricupero, ex-ministro do governo Itamar Franco.

Nas últimas semanas, Lula conquistou também os apoios de Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (União Brasil), de outros ex-ministros de FHC como José Gregori, Sérgio Amaral, e Miguel Reale Júnior - o último, um dos autores do pedido de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff, em 2016. A campanha também obteve vídeo com declaração de voto de Caetano Veloso, que se dizia apoiador de Ciro Gomes (PDT) até então, e do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que foi relator do processo do mensalão.

Segundo Mercadante, Alckmin foi um dos grandes articuladores do ato desta terça-feira, que reuniu quadros históricos do PSDB. Participaram dele nomes que integraram o secretariado do ex-tucano no governo estadual, como Márcio Elias Rosa, Eloísa Arruda, Alexandre Schneider e Marco Petrelluzzi.

Lula destacou a aliança com o atual vice durante seu pronunciamento e repetiu que o encontro significa a "reunião dos divergentes para vencer os antagônicos". "Foi a coisa mais acertada que nós fizemos", disse, sobre a união com Alckmin. "Assim como foi a coisa mais acertada que fizemos em 2002", declarou, ao mencionar seu vice na época, o empresário José Alencar, que morreu em 2011.

Preocupado com os investimentos com a proximidade das eleições? Conversamos com especialistas que apontaram como lidar com esse momento! Confira no podcast Estratégia de Carteira no player abaixo ou na sua plataforma de áudio favorita, como Spotify, Deezer, Google ou Apple Podcasts.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.