O brasileiro Rafael Birman, 30 anos, que estava no festival de música eletrônica Universo Paralello, no sul de Israel, compartilhou em seu perfil no Instagram a sua experiência durante o ataque do grupo extremista Hamas no sábado (7.out.2023). O grupo palestino realizou um ataque surpresa a Israel e afirmou em comunicado, ao reivindicar a autoria da ação, ser uma resposta à “agressão sionista”.
“Na estrada, a gente viu uma cena apocalíptica. São corpos no chão, são carros baleados, carros pegando fogo, carros capotados com corpos dentro, coisa que eu nunca pensei que fosse ver na vida”, disse o jovem paulistano que atualmente mora em Tel Aviv. Para ele, é “muito triste ver toda essa matança por conta de uma ideia muito estúpida de lavagem cerebral”.
Na transmissão de vídeo ao vivo entre o brasileiro e a influencer Gabriela Varella, Rafael afirmou que recebeu a localização do festival uma hora antes de seu início. Disse que o palco principal começou por volta das 5 horas da manhã e às 6 horas já era possível ouvir as explosões. “Não tiveram sirenes, foram simplesmente os barulhos de bombas”, disse.
O brasileiro declarou que no momento em que os mísseis foram lançados as pessoas começaram a correr e procurar abrigo. “Como era um terreno mais florestal, algumas pessoas optaram por esperar um pouco, ficar ali se protegendo embaixo de algumas árvores. Algumas pessoas, incluindo eu e os meus amigos, decidiram sair imediatamente”, contou.
Ver essa foto no Instagram
Uma publicação compartilhada por Gabriela Varella (@gabrielavarella)
Ele afirmou que depois de sair do local do festival, o carro em que estava junto dos amigos começou a ser alvo do grupo extremista Hamas perto do portão da cidade palestina de Gaza. No início do tiroteio, ele enviou uma mensagem de áudio para mãe: “A gente está no meio de um tiroteio. Se acontecer alguma coisa, eu te amo”.
De acordo com ele, que se protegeu debaixo de um carro, o ataque durou de 15 a 20 minutos. O brasileiro também afirmou que foi graças aos soldados israelenses que ele e os amigos conseguiram fugir. “Se eles não tivessem chegado, a gente não estaria aqui hoje para contar”, declarou.
“Vi corpos no chão, carros baleados, as pessoas totalmente machucadas, sangrando, desesperadas, em choque”, disse Rafael. Ele afirma que as pessoas que tentaram ficar mais um pouco no festival para guardar barracas e mochilas “acabaram sendo encurraladas pelos terroristas”.