O cineasta iraniano Dariush Mehrjui, 83 anos, e sua mulher, Vahida Mohammadifar, 54 anos, foram mortos no sábado (14.out.2023) em sua residência próxima à cidade de Teerã, capital do Irã. Os 2 foram esfaqueados na cabeça e no pescoço e foram encontrados sem vida pela filha do casal.
Em entrevista à agência Mizan Online, o chefe da Justiça da província de Alborz, Husein Fazeli-Harikandi disse que o relatório forense, concluído depois da autópsia, concluiu que a causa da morte do casal foi um sangramento intenso devido a ferimentos causados por uma faca ou objeto pontiagudo.
Recentemente, em entrevista ao jornal Etemad, a mulher do cineasta disse que vinha recebendo ameaças nas últimas semanas e chegou a denunciar à polícia que criminosos teriam assaltado a sua residência.
Na entrevista à Mizan, Fazeli-Harikandi disse desconhecer essa denúncia. “Nenhuma queixa foi registrada sobre a entrada ilegal na casa da família Mehrjoui e o roubo de suas propriedades”, disse o investigador.
Carreira
Mehrjui é considerado um dos mais conceituados cineastas do Irã. Ele dirigiu alguns dos principais filmes do chamado “novo cinema iraniano”, com destaque para o filme “A Vaca”, de 1969.
Depois de fazer sucesso na década de 1960, o cineasta foi viver em Paris, onde ficou de 1980 a 1985. Na França, dirigiu o filme “A Viagem ao País de Rimbaud”. Outros sucessos do artista foram os filmes “Leila”, de 1997, e “Os Inquilinos”, de 1986.
Mehrjui também integrava a Academia Iraniana de Artes desde 2000.