O presidente do PP (Partido Progressistas), senador Ciro Nogueira, disse nesta 5ª feira (9.nov.2023) que votou a favor da reforma tributária (PEC 45) no plenário do Senado Federal por “coerência”. A declaração foi dada pelo congressista em entrevista à CNN Brasil.
Ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL), Ciro compõe a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado Federal. Mesmo assim, disse que defendeu a reforma tributária nos últimos 30 anos e que não iria mudar o seu posicionamento por conta do governo atual.
“Em respeito à minha coerência, à minha história, a tudo o que eu passei 30 anos defendendo com uma reforma tributária no nosso país, não é pelo fato de ser governo ou oposição, como sou agora, que eu iria mudar meu posicionamento da vida inteira”, declarou.
O congressista deu nota de 6 a 7 para o texto aprovado pelos colegas, mas disse que o sistema tributário atual do país está no “zero”, e que “6 e 7” ainda é uma nota maior.
Segundo Ciro, a iniciativa para a reforma não partiu do governo Lula. “Lula entrou na reforma essa semana”, afirmou.
O senador disse ainda ter comunicado o ex-presidente Bolsonaro de que votaria a favor da reforma. Declarou ter a “convicção” de que, quando a proposta for implementada, o PT não estará mais no poder.
“Nós vamos estar com pessoas que querem que o nosso país volte a crescer, que querem privilegiar quem vai empreender e que não só estão interessadas em aumentar impostos do nosso país”, declarou.
SENADO APROVA REFORMA TRIBUTÁRIA
O Senado aprovou na 4ª (8.nov), em 2º turno, a reforma tributária por 53 votos a 24. Só as bancadas no Novo, PL (Partido Liberal) e Republicanos orientaram voto contra. Agora, o texto retorna para votação na Câmara, também em 2 dois turnos, pois foi modificada pelos senadores.
A aprovação é uma vitória do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A promulgação da reforma em 2023 é a prioridade número 1 de Lula. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado também verbalizam desde o 1º semestre que a PEC será promulgada até dezembro.