Brasília - O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, usou suas redes sociais na manhã desta terça-feira (27) para questionar eventuais investigações sobre gastos do candidato à reeleição, presidente Jair Bolsonaro (PL), com despesas pessoais ao invés de se investigar outros escândalos, como por exemplo, as vendas da refinaria Landulpho Alves e outras feitas pelo governo.
"Qualquer tipo de investigação é bem-vinda, qualquer tipo de crime - se comprovado - deve ser punido, mas surpreende que em um governo com mega escândalos, autoridades e imprensa deem mais atenção a contas de babá e manicure, em celular de ajudante de ordem de Bolsonaro", criticou no Twitter.
Conforme revelou o jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira,26, a Polícia Federal encontrou no telefone do principal ajudante de ordens do presidente mensagens que levantaram suspeitas de investigadores sobre transações financeiras feitas no gabinete do presidente da República. O material analisado pela Polícia Federal indica que as movimentações financeiras se destinavam a pagar contas pessoais da família presidencial e também de pessoas próximas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Em contraponto a eventuais investigações sobre esses assuntos revelados recentemente, Ciro cobrou que fossem investigadas "as vendas da refinaria Landulpho Alves, dos gasodutos, da carteira de crédito do BB (BVMF:BBAS3), da Eletrobras (BVMF:ELET3), do propinoduto da Codevasf, das barras de ouro do MEC etc, etc? E por que nenhum outro candidato, além de mim trata destes temas?", completou
O presidenciável sugere que o motivo de não se investigar ou não haver questionamentos sobre essas vendas e temas "seria, por acaso, porque alcançariam os mesmos super-ricos que ditam os juros mais altos do mundo, que concentram a riqueza da nação e fazem nossa dívida pública cresce R$ 1 trilhão de reais a cada trilhão pago?", conclui.