O município brasileiro com o maior percentual de homens é Balbinos, localizado a cerca de 400 km de São Paulo (SP), segundo dados do Censo Demográfico de 2022. Na cidade, 81,6% dos habitantes são do sexo masculino. São 3.172 homens e só 715 mulheres (18,4% dos habitantes).
A população total da cidade é de 3.887 pessoas. Os números de sexo e idade do Brasil foram divulgados nesta 6ª feira (27.out.2023) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O alto percentual de homens em Balbinos pode ser explicado pelo fato de haver duas penitenciárias masculinas no município. A população carcerária somada é de 2.340, segundo dados da Secretaria da Administração Penitenciária do Governo de São Paulo atualizados até a 4ª feira (25.out).
As duas unidades prisionais foram inauguradas em 2006 e comportariam 844 detentos cada uma. No entanto, hoje contam com mais presos:
- Penitenciária Rodrigo dos Santos Freitas – 1.106 presos;
- Penitenciária Gilmar Monteiro de Souza – 1.234 presos.
Lavínia (SP) é o 2º município do país com o maior percentual de homens, com 74,1%. São 2.506 pessoas do sexo masculino de um total de 9.689 habitantes, de acordo com dados do Censo 2022. A cidade também tem penitenciárias masculinas. São 3, com uma população carcerária total de 4.140 detentos.
Já Pracinha, também localizada em São Paulo e com uma penitenciária masculina, é a 3ª cidade com o maior percentual de homens: 71,5%. A população é de 2.578 habitantes. Ao todo, as pessoas do sexo masculino são 1.842 e só 736 mulheres. São 980 pessoas encarceradas no município.
Leia no gráfico o top 10 de cidades com maior percentual de homens no país:
SAIBA NA SUA CIDADE
O Poder360 montou um gráfico interativo para consultar o percentual da população masculina e feminina em todos os municípios do Brasil. É possível consultá-lo aqui ou abaixo.
Para navegar no gráfico interativo, basta clicar com o cursor do mouse ou o dedo (caso esteja usando smartphone ou tablet) na barra da cidade. É possível encontrar um município de duas formas: por ordem alfabética ou escrevendo o nome do município no espaço.
MULHERES SÃO MAIORIA NO PAÍS
O Brasil tem, atualmente, 6 milhões de mulheres a mais do que homens. Elas somam 104.548.325 –que representam 51,5% da população– para os 98.532.431 homens, ou 48,5% do total de pessoas residentes no país.
Há pelo menos 52 anos, mulheres seguem sendo maioria no país. O Censo de 1970, por exemplo, contabilizou 50,3% de mulheres no Brasil. De lá para cá, a porcentagem só aumentou, chegando em seu pico, até o momento, no levantamento de 2022.
BRASIL: 203 MILHÕES DE HABITANTES
O Brasil tem atualmente 203.080.756 habitantes. O número é diferente do anunciado pelo instituto em 28 de junho deste ano, na 1ª leva de divulgação dos dados, que havia contabilizado 203.062.512 de habitantes.
Depois de uma 2ª apuração, realizada de 29 de maio a 7 de julho, e consequente revisão dos dados, o IBGE acrescentou 18.244 novos habitantes ao total populacional do Brasil.
O IBGE está publicando o resultado do levantamento em etapas. A 1ª leva apresentou o número total da população, por municípios e Estados e o total de domicílios.
Nesta 6ª feira (27.out), foram divulgados dados referentes à idade e sexo. Outros recortes, como cor da pele e religião devem ser apresentados posteriormente.
ATRASO NO CENSO DEMOGRÁFICO
O Censo Demográfico é realizado a cada 10 anos e estava previsto para 2020, mas foi adiado nos últimos 2 anos.
Em março de 2020, o IBGE anunciou o adiamento do levantamento para 2021 por conta da evolução de casos de covid no Brasil.
Em abril de 2021, o governo Bolsonaro adiou novamente a coleta de informações. O então secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse que não havia recursos previstos no Orçamento.
Em janeiro de 2022, o STF determinou que o governo tomasse providências para realizar o Censo Demográfico do IBGE em 2022. Em agosto do ano passado, foi lançado o Censo 2022, com o início da coleta dos dados.
Inicialmente, a conclusão estava prevista para outubro. Foi adiada para meados de dezembro e, posteriormente, estendida para 2023. A pesquisa enfrentou dificuldades como a recusa de pessoas a responder o questionário. O ex-presidente do IBGE Roberto Olinto, classificou esta edição do levantamento de “tragédia absoluta”.