Paulo Pimenta defendeu no domingo (19.mai.2024) sua nomeação como ministro extraordinário da reconstrução do Rio Grande do Sul. Ele disse que o cargo exigia alguém “que possa falar com todo mundo” e que “tenha trânsito na bancada estadual, na bancada federal”, pois “esse é o papel desse ministério”.
A declaração foi dada em entrevista ao canal no YouTube Barão de Itararé. Pimenta também publicou a fala em seu perfil no X (antigo Twitter).
A indicação de Pimenta para assumir a recém-criada Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul foi alvo de críticas.
Deputado federal licenciado, Pimenta é gaúcho e, desde o início da tragédia no Estado, tem sido o principal interlocutor do Executivo federal com o governo estadual, comandado por Eduardo Leite (PSDB), de oposição ao governo Lula.
Há uma desconfiança de que sua permanência no Rio Grande do Sul poderá politizar as ações emergenciais e de reconstrução do Estado porque Pimenta é apontado como pré-candidato ao governo gaúcho em 2026. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o ministro minimizou a questão política, disse ter votado em Leite em 2022 e que o PT foi fundamental para a vitória do tucano.
Como ministro da reconstrução, Paulo Pimenta irá coordenar as ações do governo federal no Rio Grande do Sul. Sua nova função existirá até 2 meses depois do encerramento do estado de calamidade pública no Estado, previsto para 31 de dezembro de 2024. Portanto, poderá ficar no cargo até fevereiro de 2025.