A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta 3ª feira (19.dez.2023) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a publicação de um vídeo depois dos atos de 8 de Janeiro foi feita de forma acidental. A gravação foi apagada por Bolsonaro duas horas depois da postagem, mas foi recuperada na semana passada pela PGR (Procuradoria Geral da República).
Em 13 de janeiro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes, incluiu o ex-presidente na investigação sobre a invasão às sedes dos Três Poderes. O objetivo seria apurar se Bolsonaro incitou os atos ao compartilhar o vídeo nas redes sociais em 10 de janeiro. A gravação tinha como tema o questionamento da regularidade das eleições de 2022, levantado por um procurador do Estado de Mato Grosso, durante entrevista à Rádio Hora.
Bolsonaro entrou com duas ações contra o resultado das eleições no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas ambas foram rejeitadas.
A petição dos advogados do ex-presidente contesta a inclusão do vídeo na investigação pela PGR. Segundo a defesa, o vídeo foi retirado da plataforma Metamemo.org, sendo necessária uma perícia para analisar a veracidade da gravação.
“É preciso cautela ao se analisar o referido conteúdo como prova, uma vez que a mera associação entre um vídeo apagado e um supostamente salvo não pode ser tomada como uma correspondência definitiva. Afinal, estamos lidando com contextos e provedores diferentes. A noção de que o vídeo recuperado reflete fielmente o conteúdo do vídeo deletado é uma conjectura sensível, porém, longe de ser uma afirmação incontestável”, declarou a defesa.
Antes da recuperação da gravação, Alexandre de Moraes deu um prazo de 48 horas para o Facebook (NASDAQ:META) enviar o vídeo à Corte. No entanto, a plataforma informou que a publicação foi apagada por Bolsonaro e “não está disponível nos servidores da empresa”.
Com informações da Agência Brasil.