🧐 ProPicks IA de Outubro está agora atualizada! Veja a lista completa de açõesAções escolhidas por IA

Deputados pedem investigação de “cura gay” no caso Karol Eller

Publicado 17.10.2023, 17:47
© Reuters.  Deputados pedem investigação de “cura gay” no caso Karol Eller

O MPF (Ministério Público Federal) recebeu na 2ª feira (16.out.2023) pedido de investigação pela prática de “cura gay” contra a igreja frequentada pela apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Karol Eller, encontrada morta na 5ª feira (12.out). O documento afirma que a jovem de 36 anos participou de encontro evangélico para deixar de ser lésbica e pediu a “apuração de possível conduta de incitação ao suicídio”.

O texto é assinado pelos deputados federais Luciene Cavalcante (Psol-SP), Erika Hilton (Psol-SP) e Henrique Vieira (Psol-RJ). Os 3 acusam a Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, dos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio. Eis a íntegra do pedido (PDF – 3MB).

“Trata-se a conduta pelos representados da chamada ‘cura gay’, prática sem qualquer respaldo científico de reversão de pessoas homo e bissexuais para a heterossexualidade. Tal prática é vedada pela Resolução nº 1/1999 do Conselho Federal de Psicologia, já que a bi e a homossexualidade não constituem doença e nem distúrbio, por qualquer catalogação científica, levando apenas à negação da existência do sujeito, o que potencializa os casos de depressão e outras doenças psicológicas de quem é submetido”, afirmam os deputados.

Os congressistas declaram também que o princípio de liberdade religiosa não pode ser utilizado como argumento nesse caso, uma vez que a utilização de terapia de reversão sexual “colide com a integridade física e mental de LGBTQIAPN+ que se submetem a tal ato criminoso”.

De acordo com a solicitação, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Rio Verde teria representações não só em Goiás, mas também em outros Estados. Para os deputados, isso justificaria uma investigação a nível federal sobre o caso.

MORTE DE KAROL ELLER

Karol Eller foi encontrada morta em 12 de outubro depois de cair do prédio onde morava, em São Paulo. Nas redes sociais, a influenciadora de direita, conhecida por apoiar Bolsonaro e seus aliados políticos nas redes sociais, publicou a frase “perdi a guerra”. A postagem foi utilizada pelos deputados como um argumento para a tese da “cura gay”.

Em setembro de 2023, Eller compartilhou uma mensagem dizendo que deixaria de ser lésbica. “Que diminua eu, para que tu cresças, Senhor, mais, mais. Renúncia! Sim, eu renunciei à prática homossexual, eu renunciei vícios e renunciei os desejos da minha carne para viver em Cristo”, escreveu.

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro respondeu a um post do ex-apresentador da Jovem Pan, Tiago Pavinatto, associando a morte de Karol Eller ao processo de reorientação sexual ao qual ela se submeteu. Ela escreveu que a causa da morte da influenciadora foi a depressão por conta de uma “vida de abusos”.

Leia mais em Poder360

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.