O presidente do BC (Banco Cental), Roberto Campos Neto, afirmou que é “muito difícil prever” a arrecadação de cada medida fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi dada nesta 2ª feira (23.out.2023) durante o seminário “Reflexão sobre o Cenário Econômico Brasileiro”, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
“A gente precisa ter muita arrecadação adicional. Tem muitas medidas aí para serem aprovadas [no Congresso] e isso tem sido uma dificuldade para saber qual é a arrecadação de cada medida, porque se tem um efeito que às vezes você tem uma erosão na base, dependendo da medida”, disse.
Campos Neto também falou que está acompanhando o “esforço grande” que o governo tem realizado para “cortar gastos”, mas que trata-se de um caminho “um pouquinho mais difícil, porque nosso orçamento é muito rígido”.
“Nosso orçamento é engessado, mas vemos ai uma diferença grande do que o mercado espera do fiscal e o que o governo está dizendo que é a meta. Enfatizamos bastante que é importante não mudarmos a meta, mas mantê-la e persegui-la. A meta já prevê penalidades em caso não seja cumprida. Uma vez criado o arcabouço, é preciso segui-lo”, declarou o presidente do BC.
Ainda sobre a arrecadação fiscal, Campos Neto afirmou que o cenário atual passa a mudar “a partir do momento que as medidas forem sendo aprovadas” no Congresso Nacional.
“As reformas, junto com as medidas fiscais, vão atenuando e melhorando o processo”, acrescentou.