Em meio ao impacto da invasão e depredação, por bolsonaristas, das sedes dos três Poderes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou na manhã desta terça, 10, que é necessário 'combater firmemente o terrorismo'.
"Temos que combater firmemente as pessoas antidemocráticas, que querem dar o golpe, que querem regime de exceção. Não é possível conversar com essas pessoas de forma civilizada", declarou, durante a posse do delegado Andrei Rodrigues, novo diretor-geral da Polícia Federal.
"Essas pessoas não são civilizadas", seguiu. "Basta ver o que fizeram com o Palácio do Planalto, com o Congresso Nacional e, com muito mais raiva e ódio, com o Supremo Tribunal Federal".
A declaração arrancou aplausos da plateia, formada em sua maioria por delegados da PF. Poucos minutos antes, o ministro do Supremo foi elogiado pelo novo chefe da corporação por sua 'coragem e determinação'. Foi qualificado como 'defensor da democracia'.
Alexandre foi enfático ao reconstituir a invasão e a depredação por bolsonaristas das dependências do Congresso, do Supremo e do Planalto. Também avisou que 'não há apaziguamento das instituições', em referência às responsabilizações dos envolvidos nos atos golpistas - 1,5 mil foram detidos.
O ministro relembrou de uma outra operação 'contra o terrorismo', em 2016, traçando um paralelo com a ofensiva realizada nos últimos dias. Segundo Alexandre, a prisão de centenas de baderneiros 'necessária para garantir a democracia, para mostrar que não há apaziguamento das instituições'.
"As instituições não são feitas de mármore, de cadeiras e mesas. Elas são feitas de pessoas, de coragem, de cumprimento da lei. Não achem, esses terroristas, que até domingo faziam baderna e crimes, e agora reclamam que estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias, não achem que as instituições irão fraquejar."
O magistrado garantiu que o Judiciário, com apoio da Polícia Federal e de outras instituições, vai punir 'todos os responsáveis' pelos atos golpistas de domingo, 8. Ele apontou não só para os que praticaram as cenas de violência e quebra quebra, mas também os que 'planejaram, financiaram e incentivaram, por ação ou omissão'.