Uma multidão foi ao enterro da brasileira Bruna Valeanu nesta 3ª feira (10.out.2023) em Israel. A jovem de 24 anos morreu no ataque do Hamas ao festival de música eletrônica Universo Paralello, realizado pelo grupo extremista próximo à Faixa de Gaza no sábado (7.out). Foram mortas 260 pessoas no local.
Segundo o ex-conselheiro de Mídia Internacional da Presidência de Israel, Eylon Levy, foi enviada uma mensagem convocando estranhos para o enterro de Bruna para que fosse garantido a tradição do judaísmo minyan –quórum de 10 homens ou 10 pessoas, caso não seja a tradição ortodoxa, para a realização de cerimônias, como enterro.
Assista (1min6s):
Leia abaixo o tweet de Eylon Levy:
O episódio se deu porque Bruna morava em Israel só com a mãe e a irmã. Depois do pedido publicado nas redes sociais, dezenas de pessoas foram ao enterro de Bruna. Chegou a se formar uma fila quilométrica de carros na região. Relatos nas redes sociais afirmam que as pessoas deixaram seus veículos parados na fila para chegarem ao enterro a tempo.
Eylon Levy/Twitter - 10.out.2023
Multidão compareceu ao enterro de Bruna Valeanu depois de convocação
Eylon Levy/Twitter - 10.out.2023
Formou-se uma fila quilométrica na região onde foi realizado o funeral
Eylon Levy/Twitter - 10.out.2023
Na imagens, pessoas que foram ao enterro para que fosse garantido um minyan
Eylon Levy/Twitter - 10.out.2023
Pessoas deixaram seus carros no engarrafamento para comparecer à cerimônia
Ainda nesta 3ª feira (10.out), o Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota depois da confirmação da morte de Bruna pela família dela.
Eis a íntegra do texto:
“O governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, natural do Rio de Janeiro, segunda vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel.
Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Bruna, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”.
Saiba mais sobre a guerra em Israel:
- o Hamas atacou Israel em 7 de outubro e reivindicou a autoria da ação;
- Benjamin Netanyahu declarou guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo
- Israel respondeu com bombardeios em alvos na Faixa de Gaza;
- o Hamas ameaça matar reféns em retaliação à resposta militar israelense;
- o conflito já deixou 1.900 mortos (900 israelenses e 1.000 palestinos) até às 12h de 3ª feira (10.out.2023);
- EUA e países europeus pediram que outros países fiquem de fora da guerra;
- Irã disse não ter relação com os ataques
- Lula chamou os ataques de “terrorismo”, mas relativizou episódio;
- o governo anunciou uma operação para repatriar brasileiros (há desaparecidos);
- ANÁLISE – Conflito é entre Irã e Israel e potencial de escalada é incerto;
- OPINIÃO – Relação Hamas-Irã é obstáculo para a paz, escreve Claudio Lottenberg;
- ENTENDA – saiba o que é o Hamas e o histórico do conflito com Israel;
- VÍDEOS – veja imagens da guerra na playlist especial do Poder360 no YouTube.
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