O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que espera manter relação positiva com a Argentina depois da vitória de Javier Milei, candidato de direita à Presidência do país.
Mello disse que o Brasil é um importante parceiro comercial da Argentina e vice-versa. Afirmou que o governo aguardará para ver qual será a linha adotada por Milei. Declarou que, muitas vezes, o processo eleitoral é marcado por propostas “mais ousadas” que a realidade, porque o vitorioso terá que lidar com forças políticas internas, externas e aliança com o Congresso.
Ele apresentou nesta 3ª feira (21.nov.2023) o Boletim MacroFiscal. O governo reduziu de 3,2% para 3% a estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023.
O secretário defendeu haver uma pequena desaceleração da atividade econômica aliada com uma inflação dentro da meta em 2023 e 2024.
Mello defendeu que a conjuntura internacional segue complexa, com incertezas que “seguem se avolumando” com os conflitos geopolíticos e incertezas acerca da trajetória de crescimento de inflação dos países desenvolvidos. Disse que o crescimento da China deve ser um pouco superior a 5% em 2023.
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CONTAS PÚBLICAS
Mello declarou que o “plano de voo” apresentado para as contas públicas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em janeiro de 2023 segue em curso em 2023 e ainda vale para os próximos anos. Disse que a intenção é recuperar a base fiscal do país.
“Algumas [medidas] que estão em tramitação que tenho certeza que serão aprovadas até o final do ano”, disse. Afirmou que 2023 é um ano mais difícil porque o governo ainda está “iniciando” o processo de recomposição da base fiscal.