SÃO PAULO (Reuters) - O governo Lula tem avaliação positiva de 36%, mostrou pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, e em fevereiro o percentual dos que viam a gestão do petista de maneira positiva era de 40%, de acordo com o levantamento.
A pesquisa, feita pelo instituto Quaest e contratada pela Genial Investimentos, apontou ainda que a gestão Lula tem avaliação negativa de 29%, uma alta em comparação com os 20% que tinham esta visão em fevereiro. Os que veem o governo como regular são também 29%, ante 24% na pesquisa anterior. Ainda de acordo com o levantamento, 6% não soube ou não respondeu, ante 16% em fevereiro.
O levantamento mostrou também queda na aprovação da maneira que Lula se comporta como presidente, com 53% aprovando-a agora, ante 65% em fevereiro. Consequentemente, a desaprovação ao comportamento do petista aumentou, ficando em 40%, ante 29% na sondagem anterior. O percentual dos que não sabiam ou não responderam ficou em 7%, contra 6% antes.
Para 53% dos entrevistados, Lula é bem intencionado pelo que puderam ouvir do presidente até aqui, ao passo que 40% entendem que ele não é bem intencionado e 7% não responderam. Além disso, 35% avaliam que Lula tem conseguido fazer o que prometeu, enquanto 55% entendem que não e 9% não responderam. Não foi apresentado dado de comparação para estas duas questões.
O Quaest também perguntou qual a notícia mais negativa que os entrevistados ouviram sobre o governo Lula e, neste caso, não foi apresentado uma lista, com o entrevistado respondendo espontaneamente à questão. Ao todo, 34% disseram não ter ouvido nenhuma notícia negativa, ao passo que 20% não souberam ou não responderam.
Entre os que citaram, a notícia mais mencionada --mais de duas vezes mais que a segunda colocada-- foi a taxação de compras feitas em sites chineses como Shein e Shopee, por 16%.
O governo havia anunciado o fim da isenção para encomendas internacionais de até 50 dólares entre pessoas físicas, em uma medida para gerar mais arrecadação e contribuir para o equilíbrio das contas públicas.
No entanto, diante de uma forte reação contrária principalmente nas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que havia dito que o fim da isenção visava combater a concorrência desleal, anunciou na terça-feira o recuo do governo e a manutenção da isenção.
A Quaest ouviu 2.015 pessoas entre os dias 13 e 16 de abril. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
(Reportagem de Eduardo Simões)