Governadores do Sul e do Sudeste formalizaram, na 5ª feira (19.out.2023), a criação do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste). Este é o 9º encontro do grupo, mas o 1º desde que os Estados-membros –exceto o Rio de Janeiro– aprovaram leis que regulamentam o consórcio.
O evento foi realizada depois de o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defender um suposto “protagonismo político” das regiões Sul e Sudeste sobre o Norte e o Nordeste. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada em agosto.
Logo na abertura do evento, realizado na Sala São Paulo, na capital paulista, os governadores negaram que o Cosud tenha sido criado para promover rivalidade entre os Estados e que se trate de um projeto eleitoral.
“O que a gente menos quer do Cosud é que ele seja um consórcio político, no sentido eleitoral. Queremos que seja um consórcio que, na medida em que vai amadurecendo, seja em cima de questões técnicas, de temáticas para ajudar a modernizar a máquina pública”, disse o governador do Paraná e, Ratinho Júnior (PSD), coordenador do grupo.
Em seu discurso, Zema não mencionou a declaração anterior. Disse apenas que o Cosud foi criado “para unir e somar, e nunca para dividir”.
O evento terá 3 dias de duração, até sábado (21.out). Serão realizadas reuniões e debates entre governadores, secretários e gestores estaduais “para promover a elaboração de diretrizes conjuntas e políticas públicas relacionadas a temas prioritários, como meio ambiente e segurança pública”, diz o site do consórcio.
Além de Ratinho e Zema, a abertura do evento teve a presença dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS); da vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm (PL); e de lideranças dos governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.